segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Feliz Natal e Bom Ano Novo!

Feliz Natal e Bom Ano Novo com muito amor e carinho para todos. Que 2008 seja melhor que 2007 e pior que 2009.

Isa Fernandes

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Feliz Natal e Bom ano novo

Desejo a todos um Feliz Natal e um Bom Ano Novo!

Cláudia Soledade

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Avaliações do 1º período

As avaliação do 1º período da turma C podem ser vistas aqui, e as da turma D aqui. É um ficheiro pdf, que necessita do programa Acrobat Reader para ser visto. Se não o têm, pode ser conseguido nesta ligação.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Boas Festas

Boas Festas (férias) a todos: à Ana, ao Carlos, ao Cilauro, à Cláudia, à Isa, ao João Carlos, à Milene, à Pauleth, ao Ruben, ao Tiago, à Vanessa e à Vânia. E também à Ana Cristina, se ainda aparecer por aqui.
Ah, é verdade: e leiam «Os Maias».



A tradição do Natal

O meio do Inverno há já muito tempo que é celebrado por todo o mundo. Séculos antes do nascimento de Jesus Cristo, os primevos europeus comemoravam a luz e o nascimento nos mais escuros dias do Inverno. Muitos povos festejavam o solstício de Inverno, quando a primeira e pior metade do Inverno já havia passado e poderiam antever dias mais longos e mais horas de luz solar.

Na Escandinávia, os povos nórdicos comemoravam Yule desde 21 de Dezembro, o solstício de Inverno, até ao final de Janeiro. Em agradecimento do regresso do sol, pais e filhos traziam para dentro de casa um enorme tronco de árvore, a que posteriormente deitavam fogo.

Festejava-se então até que o tronco ardesse na totalidade, o que poderia demorar 12 dias. Os nórdicos acreditavam que cada faísca representava um porco ou uma vitela nova que iriam nascer durante o ano que então se iniciava.

O final de Dezembro era celebrado na maior parte das regiões de Europa. Nessa época do ano, grande parte do gado era morto, para que durante o Inverno não faltasse alimentação para o gado que restava. Para muitos, era a única época do ano em que se comia carne fresca. Além disso, a maior parte do vinho e da cerveja fabricados durante o ano tinha já fermentado e estavam prontos para serem bebidos.

Na Alemanha, os povos honravam o deus pagão Odin durante um feriado celebrado a meio do Inverno. Os alemães receavam este deus, já que acreditavam que Odin voava pelo céu nocturno para observar o povo, e decidir quem iria prosperar ou morrer. Por o recearem, muitos escolhiam permanecer dentro de casa.

Em Roma, onde os Invernos não eram tão duros quanto os do norte, celebrava-se um feriado em honra de Saturno, o deus da agricultura, a que davam o nome de Saturnálias. Começava na semana em que se dava o solstício de Inverno e continuava por um mês inteiro. As Saturnálias eram uma festa hedonística, em que se consumia comida e bebida em excesso, e a ordem social romana era completamente alterada, tal como hoje em dia acontece por alturas do Carnaval. Havia até um dia em que os escravos se transformavam em senhores e estes últimos passavam a servir os primeiros, aceitando a situação com o máximo desportivismo. Os camponeses passavam a mandar na cidade e as escolas e lojas encerravam para que todos pudessem participar.

Também por volta do época do solstício de Inverno, os romanos comemoravam a Juvenália, uma festa em honra das crianças de Roma. Os membros das classes superiores comemoraram ainda o aniversário de Mitra, o inconquistável deus do sol, a 25 de Dezembro. Acreditava-se que Mitra, um deus infantil, teria nascido de uma rocha. Para alguns romanos, o aniversário de Mitra era o dia o mais sagrado do ano.

Nos primeiros tempos do cristianismo, a Páscoa era a principal festividade que se comemorava; o nascimento de Jesus não era celebrado. No quarto século, a igreja decidiu instituir um feriado no dia do nascimento de Jesus Cristo. Infelizmente, a Bíblia não menciona a data do seu nascimento (um facto que os puritanos mais tarde alegaram para recusar a legitimidade destas celebrações). Embora existam algumas pistas de que o nascimento de Cristo terá ocorrido na primavera (que razão haveria para que os pastores andassem a apascentar gado no pino do Inverno?), o papa Júlio I optou por 25 de Dezembro.

Acredita-se que a igreja escolheu esta data num esforço para adoptar e absorver as tradições do festival pagão das Saturnálias.

Primeiramente chamadas de Festas da Natividade, este costume espalhou-se pelo Egipto por volta do ano de 432 e para Inglaterra já em finais do século sexto. Em finais do século oitavo, a celebração do Natal já se havia espalhado por toda a Escandinávia.

Nos dias de hoje, tanto nas igrejas ortodoxas gregas como nas russas, o Natal é comemorado 13 dias após o dia 25, já que nesse dia se comemora a Epifania dos três Reis Magos, quando estes três Reis Magos encontraram finalmente Jesus na sua mangedoira.
Festejando o Natal na mesma altura das tradicionais festas do solstício de Inverno, os líderes da igreja aumentaram as possibilidades de o Natal se popularizar, mas acima de tudo passaram a ditar a maneira como esta época devia ser celebrada. Na Idade Média, o cristianismo havia quase totalmente substituído as religiões pagãs. No Natal, os crentes iam à igreja, e a seguir celebravam estas festividades comendo e bebendo efusivamente, numa atmosfera muito semelhante à do Carnaval dos dias de hoje. Todos os anos, um pedinte ou um estudante era coroado "rei da confusão" e toda a gente fazia alegremente o papel de seus vassalos. Os pobres iam às casas dos ricos e exigiam as melhores comidas e bebidas; se estes não aceitassem, os visitantes aterrorizavam-nos rogando-lhes um sem número de pragas, algo de semelhante à tradição do pão-por-Deus que ainda persiste em alguns lugares de Portugal. O Natal transformou-se na época do ano em que as classes superiores podiam compensar os mais desfavorecidos e minorar a miséria destes durante este curto período de tempo.



As árvores de Natal



Durante muito tempo antes do aparecimento do cristianismo, as plantas e as árvores que permaneciam verdejantes todo o ano tinham um significado especial no Inverno para as pessoas. Tal como as pessoas actualmente decoram as suas casas durante a época festiva com pinheiros e ramos de árvores, os povos antigos penduravam ramos verdes sobre as suas portas e janelas. Em muitos países acreditava-se que esses ramos verdes afastavam bruxas, fantasmas, espíritos maus e doenças.

É crença generalizada que o início da tradição das árvores de Natal teve início na Alemanha, no século XVI. Quando cristãos devotos traziam árvores para o interior das suas casas e as ornamentavam profusamente. Alguns construíam pirâmides de lenha e decoravam-nas com ramos verdes e velas quando não era fácil encontrar uma árvore porque nesses tempos a madeira era escassa. É opinião corrente que Martinho Lutero, o reformista protestante do século XVI, foi o primeiro a colocar velas iluminadas numa árvore. Ao caminhar para casa numa escura noite de Inverno, enquanto compunha um sermão, ficou maravilhado pelo brilho das estrelas por entre as árvores. Para recriar essa cena para a sua família, colocou uma árvore na sala principal da casa e atou velas aos ramos, que posteriormente acendeu.

Em 1846, a rainha Vitória e o príncipe Alberto, que era alemão, ambos extremamente populares, bem como os seus filhos, posaram para um desenho destinado à revista inglesa Illustrated London News junto a uma árvore de Natal decorada. Ao contrário da família real precedente, a rainha Vitória era muito popular junto dos seus súbditos, e o que se fazia na corte rapidamente entrava na moda, não apenas na Grã-Bretanha mas também na sofisticada sociedade da costa leste dos Estados Unidos. A árvore de Natal tinha chegado para ficar.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Questionário sobre o «Sermão de Santo António aos Peixes»

Testa os teus conhecimentos sobre o «Sermão de Santo António aos Peixes», do padre António Vieira, através deste exercício realizado em Excel.
Vai respondendo às perguntas de acordo com as instruções e, no final, observa que resultados obtiveste e quais os teus pontos mais fortes e mais fracos.

Questionário sobre o período barroco e o «Sermão de Santo António aos Peixes»

Podes resolver um questionário sobre as características do período barroco e o «Sermão de Santo António aos Peixes», do padre António Vieira, através desta ligação.

sábado, 17 de novembro de 2007

UM DESAFIO A TODOS OS ALUNOS DA TURMA

O desafio que proponho aqui é continuarem a escrever a história aqui começada.

Quem quiser pode pegar no que já está escrito e continuar. E quem vier a seguir continuar o que os outros antes fizeram. É uma narrativa que pode ter personagens, diálogos, diferentes espaços onde ela poderá decorrer, enfim, é um desafio à imaginação. Mas é preciso não esquecer a coerência. Quem vier a seguir terá que conhecer toda a história para trás, para não trocar nomes de personagens, e não alterar acontecimentos que já ocorreram.

Ah, e falta um título. Podem colocar propostas para o título e sugestões para a continuação da história nos comentários.

Vamos lá ver quem é que aceita o desafio.

Aqui vai o começo:



Quando ia para a escola pelo atalho do costume, um caminho que cortava pelo meio de um terreno meio selvagem que no inverno ficava empapado de lama, o Nuno deu com um pedregulho que não lhe era familiar naquele sítio. Das tantas e tantas vezes que por ali tinha passado já conhecia todas as pedras do caminho, ao ponto de quase as tratar pelo nome.

Com algum esforço, revirou-o e deu com uma data de maços de notas de 500 euros. Nunca tinha visto sequer uma nota de quinhentos, quanto mais uma quantidade destas. De quem seria aquele dinheiro? Quem o teria ali deixado? Quanto é que estaria ali no total? Uma fortuna, certamente.

Olhou para um lado e outro para ver se não vinha ninguém e se não estava a ser observado. Agachou-se e colocou a sua mochila ao lado dos maços. Começou então a empurrá-los para o seu interior.


(...)

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O «Sermão de Santo António aos Peixes» em análise - ficheiros de som para ouvir


O «Sermão de Santo António aos Peixes» em podcast, para ouvir em MP3.
Carrega nos símbolos para ouvir ou descarregar os ficheiros (carregar no botão direito do rato e escolher a opção Guardar destino como).


Capítulo 1 do «Sermão de Santo António aos Peixes» - perguntas e respostas.

Capítulo 2 do «Sermão de Santo António aos Peixes» - perguntas e respostas.

Capítulo 3 do «Sermão de Santo António aos Peixes» - perguntas e respostas.

Imagem do filme de Manuel de Oliveira «Palavra e Utopia», em que se pode observar o púlpito de onde se pregava à congregação.


Capítulo 5 do «Sermão de Santo António aos Peixes» - perguntas e respostas.

Capítulo 6 do «Sermão de Santo António aos Peixes» - perguntas e respostas.

Estrutura do «Sermão de Santo António aos Peixes».

Análise geral e progressão do «Sermão de Santo António aos Peixes».

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

MP3 sobre o Barroco e o padre António Vieira


O barroco em podcast, para ouvir em MP3.
Carrega nos símbolos para ouvir ou descarregar os ficheiros.


O Barroco na arquitectura, na pintura e na arte em geral.

O Barroco na literatura.

O sermão no século XVII.

Interior da Igreja de S. Roque, em Lisboa. Note-se o púlpito, à esquerda, a meio da parede, numa posição elevada, de onde se pregava à congregação.


A acção da palavra.

Padre António Vieira.

O ideal missionário em Padre António Vieira.

Os jesuítas e a sua acção no século XVII.

Nota: Seguir-se-ão ficheiros sobre o «Sermão de Santo António aos Peixes».

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Um curto abecedário do Barroco e algumas figuras de estilo

Bach
- Músico do período barroco que se distinguiu pela forma particular de interpretar o órgão e pela introdução da voz feminina na Igreja.

Conceptismo
- Complexo jogo de conceitos, ou seja, de ideias apresentadas com grande subtileza, com recurso a metáforas, paralelismos, jogos de palavras, alegorias e antíteses.

Cultismo
- Processo característico da literatura barroca que consiste no uso de construções sintácticas e jogos de palavras, numa exibição de virtuosismo retórico, de forma a impressionar o leitor.

Deleite
- Sinónimo de prazer aquando da leitura (era o que buscavam os poetas barrocos).

Efemeridade da vida humana
- Tema recorrente da poesia barroca.

Fénix Renascida ou Obras dos Melhores Engenhos Portugueses
- Cancioneiro seiscentista, editado em cinco volumes, compilada por Matias Pereira da Silva.

Galhofeira (atitude)
- Posição trocista face a aspectos diversos do quotidiano.

Imagem
- Elementos a partir dos quais é construído o poema e alvo de especial atenção antes do estudo do poema “À fragilidade da vida humana”.


À fragilidade da vida humana
Esse baixel nas praias derrotado
Foi nas ondas narciso presumido;
Esse farol nos céus escurecido
Foi do monte libré, gala do prado.

Esse nácar em cinzas desatado
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse Estio em vesúvios incendido
Foi zéfiro suave, em doce agrado.

Se a nau, o Sol, a rosa, a Primavera
Estrago, eclipse, cinza, ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago,

Olha, cego mortal, e considera
Que é rosa, Primavera, Sol, baixel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago.

Francisco de Vasconcelos in Fénix Renascida


José Merengelo de Osan
- Nome da pessoa que compilou o Postilhão de Apolo.

Morte
- Realidade suavizada pela palavra “repousa” no poema “À morte de F.” (eufemismo).


À morte de F.
Esse jasmim, que arminhos desacata,
Essa aurora, que nácares aviva,
Essa fonte, que aljôfares deriva,
Essa rosa, que púrpuras desata;

Troca em cinza voraz lustrosa prata,
Brota em pranto cruel púrpura viva,
Profana em turvo pez prata nativa,
Muda em luto infeliz tersa escarlata.

Jasmim na alvura foi, na luz Aurora,
Fonte na graça, rosa no atributo,
Essa heróica deidade que em luz repousa.

Porém fora melhor que assim não fora,
Pois a ser cinza, pranto, barro e luto,
Nasceu jasmim, aurora, fonte, rosa.

Francisco de Vasconcelos in Fénix Renascida

Nácar
- Camada interna da concha; por vezes, aparece com o significado de «rosa».

Ornamentação
- Sinónimo de excesso de decoração, característica típica do discurso barroco.

Postilhão de Apolo
- Cancioneiro seiscentista, publicado em dois volumes, compilado por José Merengelo de Osan.

Quotidiano (sátira)
- A poesia barroca critica ou zomba de determinados aspectos do dia–a-dia.

Retórica
- Nome pelo qual o uso das figuras de estilo é também conhecido (a arte de usá-las).

Sinonímia
- Palavras que têm um significado semelhante. Ex: baixel/nau e farol/sol (Existente no poema barroco “À fragilidade da vida humana”).

Tempo
- Um dos temas principais da poesia barroca (a passagem do tempo).

Usos e Costumes (crítica)
- A poesia barroca, e sobretudo a narrativa, para além de abordar temas profundos também critica a sociedade do seu tempo.

Visualismo
- Característica do barroco realçada por formas verbais como “Olha”, no soneto “À efemeridade da vida humana”:

XVII
- Século por excelência do período barroco.

ALGUMAS FIGURAS DE ESTILO OU DE RETÓRICA

Alegoria
- É a corporização de uma realidade abstracta, normalmente conseguida a partir de um jogo de comparações, imagens e metáforas. A literatura portuguesa tem recorrido à alegoria em todas as épocas. São disso exemplo as figuras de Roma e do Tempo, no Auto da Feira, de Gil Vicente; a figura do polvo, no Sermão de Santo António aos Peixes, do padre António Vieira;

Anáfora
– Repetição de palavra ou expressão em início de período, frase ou verso.

Ex: “Quantos, correndo (...) quantos, embarcados (...) Quantos, navegando (...)” (Cap.III, Sermão de Santo António aos Peixes) “Louvai a Deus, (...) louvai a Deus (...)” (Cap. VI, Sermão de Santo António aos Peixes)

Antítese
– Figura que põe, lado a lado, palavras ou ideias, antagónicas.

Ex: Céu/ Terra; Bem/ Mal; Céu/ Inferno; Dia/ Noite; Homens/ Peixes.

Apóstrofe
– Interrupção do discurso para interpelar pessoas presentes ou invocar, sob forma exclamativa, pessoas ausentes, mortas, entes fantásticos ou coisas inanimadas.

Ex: “Olhai, peixes lá do mar e da terra (...)” (Cap. IV, Sermão de Santo António aos Peixes) “Vê, voador (...)” (Cap.V, Sermão de Santo António aos Peixes) “Peixes, dai muitas graças a Deus (...)” (Cap. VI, Sermão de Santo António aos Peixes)

Comparação
– Figura por meio da qual se confrontam duas realidades distintas para fazer realçar a sua semelhança.

Ex: “O polvo com aquele seu capelo na cabeça parece um monge, com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela (...)” (Cap. V, Sermão de Santo António aos Peixes).

Enumeração
– Apresentação sucessiva de vários elementos (frequentemente da mesma classe gramatical).

Ex: “(...) na terra pescam as varas (...) pescam as ginetas, pescam as bengalas, pescam os bastões (...)” (Cap. III, Sermão de Santo António aos Peixes).

Exclamação
– Figura pela qual se exprimem sentimentos de admiração, espanto, alegria, susto, indignação, sob forma exclamativa.

Ex: “Oh alma de António, que só tivestes asas e voastes sem sem perigo, porque soubestes voar para baixo e não para cima!” (Cap.V, Sermão de Santo António aos Peixes).

Gradação
– Encadeamento de palavras ou ideias numa ordem progressiva (ascendente) ou regressiva (descendente).

Ex: “(...) da boca ao anzol, do anzol à linha, da linha à cana e da cana ao braço do pescador.” (Cap. III, Sermão de Santo António aos Peixes)
“ Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado (...)” (Cap. IV, Sermão de Santo António aos Peixes).

Hipérbole
- Figura de estilo que consiste na utilização de termos ou expressões que exageram a realidade.

Imagem
- É a representação sensível, animada e colorida da ideia numa palavra, frase ou parte de um texto. A comparação e a metáfora reunidas originam frequentemente imagens vivas e expressivas.

Interrogação
– Pergunta formulada, não para se obter uma resposta, mas para realçar as ideias do discurso.

Ex: “Parece-vos bem isto, peixes?” (Cap. IV, Sermão de Santo António aos Peixes)“Fizera mais Judas?” (Cap.V, Sermão de Santo António aos Peixes).

Metáfora
– Comparação abreviada pela omissão da conjunção comparativa.

Ex: “(...) às águias que são os linces do ar (...) e aos linces, que são as águias da terra (...)” (Cap. III, Sermão de Santo António aos Peixes)

Zeugma
- Omissão de um termo habitualmente referido na frase anterior:
Jasmim na alvura foi, na luz Aurora [foi],
Fonte na graça [foi], rosa no atributo [foi],


O Barroco

barroco, s. m., estilo próprio das produções artísticas e literárias, que ocorreu aproximadamente entre os fins do séc. XVI e os meados do séc. XVIII, e que se caracteriza pela pompa ornamental, pelo preciosismo decorativo, pelo floreado e pelos conflitos entre o espiritual e o temporal, entre o místico e o terreno; barroca; cova; barranco; pérola de forma irregular.

A palavra "barroco", como a maioria dos períodos ou designações de estilo, foi inventada por críticos posteriores, e não pelos artistas do século XVII e começos do século XVIII. O termo original é português e designa um pérola irregular ou uma jóia falsa.

Actualmente, o termo "barroco" pode ser utilizado para caracterizar de forma pejorativa trabalhos artísticos ou de artesanato excessivamente ornamentados, tal como muitas outras vezes se emprega o termo "bizantino" como referência a tarefas demasiado complexas, excessivamente obscuras ou demasiado confusas.

Na realidade, o barroco exalta valores através da utilização de metáforas e alegorias, frequentes na literatura deste período, e procura maravilhar e causar espanto, tal como no Maneirismo, muitas vezes por meio da utilização de artifícios, sejam eles de linguagem ou pormenores artísticos. Um dos temas privilegiados é o tormento psicológico do Homem, tendo uma boa parte das suas obras seguido a temática religiosa, já que a Igreja Católica Romana era o principal «cliente» dos artistas e eram religiosos muitos dos escritores desta época, nomeadamente no caso da literatura portuguesa.

Os artistas procuravam a virtuosidade com realismo, tendo uma enorme preocupação com os detalhes (há quem se refira à obra barroca como uma complexidade típica).

Las Meninas, de Velazquez. Clique na imagem para saber mais sobre o quadro.

A falta de conteúdo era compensada através das formas, as quais deviam suscitar no espectador, no leitor, no ouvinte, a fantasia e a imaginação. É um momento em que a arte se encontra menos distante de quem dela pode usufruir, aproximando-se do público de maneira mais directa, diminuindo o fosso cultural que afastava a arte do utilizador, o que, por exemplo, acontecia frequentemente nas igrejas construídas nesta época, quando o luxo aí existente permitia a quem as frequentasse a sensação de pertença, de que também o povo podia agora entrar em ambientes recheados de obras artísticas, apreciá-los e deles usufruir.

Na literatura, encontramos o temática do duplo, a queda que precede a morte, o gosto pelo bizarro, uma enorme obsessão com a morte, porventura originária das inúmeras guerras religiosas que por esta altura abundavam em toda a Europa.

São recorrentes tópicos como o medo da morte, a água corrente que significa o tempo que passa, com ligação à morte simbolizada pela água entre os gregos, romanos e celtas, a metáfora das areias movediças, as formas arredondadas como referência às pérolas irregulares, os reflexos, e a alusão a mitos clássicos como o de Narciso e os «mises en abyme», que na literatura podem surgir sob a forma de textos dentro de textos, os quais reproduzem a história principal em histórias secundárias, tal como o fazem os reflexos entre dois espelhos colocados em frente um do outro, podendo surgir, por exemplo, numa peça de teatro em que um dos personagens representa um actor que representa uma personagem, ou um quadro em que um espelho mostra ao espectador um reflexo da cena que podemos ver pintada.

Para saber mais: aqui.
Sobre o quadro: aqui.


Música do período barroco (mistura editada de Pachelbel, Bach e Vivaldi):


Sobre a música do período barroco: aqui.

Uma visão histórica da literatura portuguesa

Uma breve e muito reduzida visão cronológica dos principais autores e obras ao longo da história da literatura portuguesa.










quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Curiosidades linguísticas

A maneira como o nosso cérebro reage à leitura pode ser testado neste texto em que algumas letras se encontram trocadas.

Pios é:
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, nao ipomtra a odrem plea qaul as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e utmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol csãofnuo que nsó pdomeos anida ler sem gnderas pobrlmeas. Itso é poqrue nós nao lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Cosiruo não?

~ * ~


Outro facto interessante é a maneira como conseguimos descodificar um texto que contenha letras e algarismos e continuar a lê-lo como se apenas fosse constituído por letras:

M473M471C0 (53N54C1ON4L)

4S V3235 3U 4C0RD0 M310 M473M471C0.
D31X0 70D4 4 4857R4Ç40 N47UR4L D3 L4D0
3 P0NH0-M3 4 P3N54R 3M NUM3R05,
C0M0 53 F0553 UM4 P35504 R4C10N4L.
540 5373 D1550, N0V3 D4QU1L0...
QU1N23 PR45 0NZ3...
7R323N705 6R4M45 D3 PR35UNT0...
M45 L060 C410 N4 R34L1D4D3
3 C0M3Ç0 4 F423R V3R505
H1NDU-4R481C05


~ * ~

E também merecedor de atenção é o facto de não sermos capazes de nomear as palavras que se seguem dizendo-as rapidamente e em sucessão, em voz alta, sem nos enganarmos.

Diz então, em voz alta, a cor e não a palavra:

AMARELO AZUL LARANJA

PRETO ROXO VERDE

CINZENTO AMARELO ROXO

LARANJA VERDE PRETO

AZUL ROXO CINZENTO

VERDE AZUL LARANJA

Houve algumas trocas, não?

Isto acontece porque há um conflito entre a parte direita do nosso cérebro, que tenta referir a cor, e a parte esquerda, que tenta referir a palavra.

Como fazer referências bibliográficas

Aqui ficam algumas orientações sobre como fazer referências bibliográficas a um livro, um artigo de revista, uma página da Internet, um filme, entre outras.

~~~~~~ o ~~~~~~

Existem Normas Portuguesas para a elaboração de referências bibliográficas. Para além destas Normas existem também Normas Estrangeiras.

No caso de Portugal, deveremos seguir a Norma Portuguesa NP 405-1, a qual também se refere às citações.

Quando elaborares os teus trabalhos escolares, deves incluir sempre os dados sobre todo o material utilizado para desenvolver a pesquisa, incluindo os sites da Internet. Esses dados constituem a Bibliografia do teu trabalho, isto é, a lista das referências bibliográficas, ou conjunto de elementos que descrevem os documentos consultados, de modo a permitir a sua identificação.

Normas Portuguesas
- Determinam uma ordem obrigatória para os elementos da referência;
- Estabelecem as regras para a transcrição e apresentação da informação, contida nas fontes da publicação a referenciar e para a apresentação de bibliografias e citações bibliográficas.

Nota: Os elementos a utilizar na referência bibliográfica são retirados, em geral, do próprio documento e de preferência da página de rosto. Sempre que tais elementos não constem da página de rosto deve-se recorrer ao colofão, capa, lombada, prefácio, etc. Nesse caso a informação deverá ser apresentada entre parênteses recto.

Alguns conceitos

Referência Bibliográfica - Conjunto de elementos bibliográficos que identificam uma publicação ou parte dela;

Bibliografia – Documento secundário que apresenta uma lista de referências bibliográficas segundo uma ordem específica e que contém elementos descritivos de documentos, que permitem a sua identificação;

Citação – Forma breve de referência colocada entre parênteses no interior do texto ou anexada ao texto como nota em pé de página, no fim do capítulo ou do texto.

Seguidamente iremos ver algumas das regras a que nos referimos acima.

PARA LIVROS
Ordem dos elementos e pontuação:
AUTOR(es) – Título : subtítulo (destacado). Edição. Local de edição : Editor, ano. ISBN (se estiver presente a referência ao mesmo no livro, geralmente na contra-capa, ou na ficha técnica).

Com um autor
QUEIRÓS, Eça de - Os Maias. Porto: Porto Editora, 2007. ISBN 972-0-04201-X. vol. 1.

Com dois autores
ELKINGTON, John ; HAILES, Júlia – Guia do jovem consumidor ecológico. Lisboa : Gradiva, 1992. ISBN 972-662-230-1.

Com três autores
GORDON, V. O. ; IVANOV, Yu. B. ; SOLNTSEVA, T. E. – Problemas de geometria descriptiva. 2ª ed. Moscovo : Editorial Mir, 1980.

Com quatro ou mais autores
NOBRE, António, [et al.]– Biologia funcional. Coimbra : Almedina, 1984.

Nota: Nestes casos, referimos só o primeiro autor, ou o que tiver maior destaque, seguido da abreviatura da expressão latina et alii. [et al.], que significa “e outros”.

Para livros traduzidos
JACOB, François – O ratinho, a mosca e o homem; trad. Margarida Sérvulo Correia. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 1997. ISBN 972-662-567-X.
Para um dicionário com autor expresso
COELHO, Jacinto do Prado – Dicionário de literatura : literatura portuguesa… 4ª ed. Porto : Figueirinhas, 1989. 4 vol.

FALCÓN MARTÍNEZ, Constantino - Dicionário de mitologia clássica . 1ª ed. Lisboa : Presença, 1997. ISBN 972-23-2219-2.

Nota: O apelido dos autores espanhóis é constituído pelos dois últimos nomes.
Para dicionários sem autor expresso
DICIONÁRIO da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora, 2004. ISBN 972-0-01125-4.
Para enciclopédias com autor expresso
GISPERT, Carlos, dir. - Enciclopédia da psicologia. Lisboa : Liarte, 1999. 4 Vol. ISBN 972-8528-27-2.
Para enciclopédias sem autor expresso
O ROSTO humano na arte. Lisboa : Publicações Alfa, 1972.
Obras em volumes (se consultámos apenas um volume)
COELHO, Jacinto do Prado – Dicionário de literatura : literatura portuguesa… 4ª ed. Porto : Figueirinhas, 1989. Vol. 2.
Para capítulos ou artigos retirados de livros
Ordem dos elementos e pontuação:

a) autor diferente do autor do livro no todo
Autor do cap. – Título do cap. In Autor do livro – Título: subtítulo. Edição. Local de edição : Editor, ano. ISBN. Páginas (inicial e final do capítulo).
PEREIRA, Maria Helena da Rocha - O Jardim das Hespérides. In CENTENO, Yvette Kace, coord. ; FREITAS, Lima de, coord. - A simbólica do espaço. 1ª ed. Lisboa : Editorial Estampa, 1991. ISBN 972-33-0781-2. p. 17-28.

b) o autor do capítulo é o autor do livro no todo
STRUIK, Dirk J. – História concisa das Matemáticas; trad. João Cosme Santos Guerreiro. 3ª ed. Lisboa : Gradiva, 1997. ISBN 972-662-251-4. p. 29-44.
ARTIGOS EM PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Ordem dos elementos e pontuação:
AUTOR do art. – Título do art. Título da publicação periódica. ISSN. Volume, Número, (data), Páginas.
Para revistas
FIGUEIREDO, M. O. - Factores de estabilidade estrutural associados ao arranjo dos catiões nas estruturas dos compostos iónicos. Revista Portuguesa de Química. Lisboa. ISSN 0035-0419. Vol. 23, n.º 4 (1981), p. 250-256.
Para jornais
SANTOS, Ana Isabel – E quando o tempo pára... e o futuro se torna o presente. Olhares. Nº 9 (Jun. 2006), p 8.
SANTOS, Carlos – Escola a tempo inteiro passa rasteira aos pais. Diário de Coimbra. Ano 76º, Nº 25.679 (15 Set.2006), p. 6.
REFERÊNCIA A DOCUMENTOS LEGISLATIVOS
Exemplos:
DESPACHO normativo nº 1/2006. D.R. I Série-B. Nº 5 (6-Jan-2006), p.156-160.
DECRETO-LEI nº 27/2006. D.R. I Série-A Nº30 (10 Fev. 2006). P1095-1099.
FILMES, DOCUMENTÁRIOS... EM VÍDEO, DVD OU CD-ROM
Ordem dos elementos e pontuação:
Realizador. – Título. Local da distribuição : distribuidor, data. Descrição física.
Filmes com autor expresso
PINTO, Armando Vieira - Fado. Lisboa : Lusomundo, cop. 1947. 1 cassete vídeo (VHS) (110 min.).
Nota: Quando não figura o local de distribuição, mas sabemos qual é esse local através de fontes externas ao documento (pesquisa na Internet, por exemplo), inserimo-lo dentro de parênteses rectos.
Filmes sem autor expresso
A RESISTÊNCIA timorense em documentos. .[Lisboa]: Fundação Mário Soares, Fado Filmes, Visão, 2002. (CD-ROM).
DOCUMENTOS ELECTRÓNICOS
Ordem dos elementos e pontuação:
AUTOR. – Título : subtítulo (se houver). Edição. Local : editor, data, data de actualização. [Data de consulta] Disponibilidade e acesso.

Exemplos:
RODRIGUES, Eloy – Implementação de um sistema integrado de gestão de bibliotecas: a experiência da Universidade do Minho. Braga : Universidade do Minho, 2004. [Consultado a 10 Set. 2004]. Disponível na Internet: http://repositorium.sdum.uminho.pt/

COMO SE TRANSMITE O VIH? Lisboa : Comissão Nacional de Luta contra a SIDA, 2004. [Consult. 10 Jan. 2005]. Disponível na Internet: http:/www.sida.pt.

Convém que te lembres de que:
· Os elementos das referências bibliográficas são retirados dos próprios documentos.
· Deves alinhar as referências à esquerda, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo.
· A Bibliografia é ordenada alfabeticamente.

Pode ser encontrada mais informação sobre este assunto nos
Serviços de Documentação da Universidade do Minho.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ficha de leitura - modelo

Se precisarem de um modelo da ficha de leitura, caso não tenham recebido a mensagem de correio electrónico, poderão obtê-la aqui.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Recomendações de leitura

Deixo aqui uma curta lista de obras de ficção de autores de língua portuguesa, de onde poderão escolher alguns livros para o «contrato de leitura». No final segue também uma lista de poetas portugueses, de entre os que considero mais significativos.

Esta lista não é, de maneira alguma, exaustiva, tendo sido realizada apenas com a intenção de possibilitar uma escolha de obras relativamente fáceis de encontrar na biblioteca da escola, na Biblioteca Municipal José Saramago (Loures), ou em locais de venda ao público. Muitos outros autores e livros ficaram de fora. Servirá, apenas, como indicação complementar à lista que foi fornecida no início do ano lectivo.

Os autores e as obras incluem hiperligações, de modo a permitirem a recolha de informações.

PROSA (ficção)
Autores do Século XIX:
Alexandre Herculano, Eurico, o Presbítero (romance)
Alexandre Herculano, O Bobo (romance)
Alexandre Herculano, O Monge de Cister (romance)

Almeida Garrett, O Arco de San’Ana (romance)

Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição (romance) – (texto online aqui ) ou qualquer outro do mesmo autor

Eça de Queirós, Os Maias (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor
Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor

Júlio Dinis, Uma Família Inglesa (romance) – ou qualquer outro do mesmo autor

Autores dos Séculos XX / XXI:
Jorge de Sena, Sinais de Fogo (romance)
Jorge de Sena, Antigas e Novas Andanças do Demónio (contos)
Jorge de Sena, O Físico Prodigioso (novela)

Domingos Freitas do Amaral, Enquanto Salazar Dormia (romance) [edição recente]

Ricardo Adolfo, Os Chouriços São Todos Para Assar (contos) [edição recente]

Vitorino Nemésio, Mau Tempo no Canal (romance)

José Luandino Vieira, Luuanda (romance) – literatura angolana

Aydano Roriz, O Fundador (romance) – literatura brasileira [edição recente]

José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira (romance)
José Saramago, Memorial do Convento (romance)

Fernando Campos, A Casa do Pó (romance)
Fernando Campos, O Cavaleiro da Águia (romance)

Almada Negreiros, Nome de Guerra (romance)

João Aguiar, A Voz dos Deuses (romance)
João Aguiar, Inês de Portugal (romance) [edição recente]

Jorge Amado, Capitães da Areia (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Gabriela Cravo e Canela (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Tieta do Agreste (romance) - literatura brasileira
Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos (romance) - literatura brasileira

Mário-Henrique Leiria, Contos do Gin-Tonic (contos)
Mário-Henrique Leiria, Novos Contos do Gin (contos)

Sophia de Mello Breyner, Contos Exemplares (contos)

Agustina Bessa Luís, A Sibila (romance)

Lídia Jorge, O Dia dos Prodígios (romance)
Lídia Jorge, A Instrumentalina (conto)

Pedro Paixão, Ladrão de Fogo (romance)
Pedro Paixão, Muito, Meu Amor (romance)

António Lobo Antunes, Eu Hei-de Amar uma Pedra (romance) [edição recente]

José Rodrigues dos Santos, A Filha do Capitão (romance) [edição recente]
José Rodrigues dos Santos, O Codex 632 (romance) [edição recente]
José Rodrigues dos Santos, A Fórmula de Deus (romance) [edição recente]

José Cardoso Pires, Balada da Praia dos Cães (romance)

Álvaro Guerra, Café República (romance)
Álvaro Guerra, Café Central (romance)
Álvaro Guerra, Café 25 de Abril (romance)

José Rodrigues Miguéis, O Milagre Segundo Salomé (romance)

POESIA
Autores do Século XIX:
- Almeida Garrett
- Alexandre Herculano
- Antero de Quental
- Cesário Verde

Autores dos Séculos XX / XXI:
- Fernando Pessoa
- Mário de Sá-Carneiro
- Almada Negreiros
- Florbela Espanca
- Mário Cesariny
- Alexandre O’Neill
- António Maria Lisboa
- Jorge de Sena
- José Gomes Ferreira
- Vitorino Nemésio
- Herberto Helder
- Carlos de Oliveira
- Eugénio de Andrade
- Natália Correia
- Ruy Belo
- Rui Knopfli
- António Ramos Rosa
- Ruy Cinatti
- Luiza Neto Jorge
- Fiama Hasse Pais Brandão
- Pedro Tamen
- António Osório
- Joaquim Manuel Magalhães
- João Miguel Fernandes Jorge
- Helder Moura Pereira
- Daniel Filipe
- Manuel Alegre
- David Mourão-Ferreira
- Al Berto

domingo, 7 de outubro de 2007

Um vídeo publicitário

publicidade - s. f.,
estado do que é público; divulgação; notoriedade pública; reclamo comercial.






Ví­deo de Daily Motion

Para além do humor que possam conter, como é o caso deste anúncio, os vídeos publicitários pretendem fazer passar mensagens, criando expectativas no público a quem se destinam.

Através da observação deste pequeno vídeo, tenta perceber qual o público-alvo a que se destina, se se trata de um anúncio de uma empresa ou instituição, que intenção está por detrás das imagens e da situação, e se pode ser considerado eficaz ou não.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Todas as coisas têm um princípio

Às vezes não é fácil começar. Mesmo nada fácil. Como é que se começa? «Bom dia, sou fulano ou fulana de tal». Péssimo. «Olá, sou eu, e estou aqui para vender o meu peixe». Ora, dar início a uma conversa a falar de peixe não é bom. Mesmo nada bom. Ainda se fosse de outra coisa qualquer, vá lá que não vá. Por exemplo de batatas. «Como estão, eu sou tal e tal e gosto de batatas.» Também não soa bem. Ainda uma pessoa não conhece as outras e entra logo a matar a falar de batatas? Interessante, não é? Há quem tenha por hábito iniciar uma conversa a falar do tempo ou das férias. Não é lá muito aconselhável. Isto porque se uma pessoa gosta de sol não quer isso dizer que toda a gente goste, porque há quem prefira a chuva; por outro lado, contar o que se passa nas férias pode ser bom para quem teve férias, mas é contra-indicado para quem nem sequer conseguiu um pequeno intervalo no trabalho ou no estudo, cria inveja, ressentimento, sem falar de que as minhas férias podem ter sido boas para mim mas não despertam o mínimo interesse nos outros. E qual é então a solução? Para dizer a verdade, não há respostas para uma pergunta destas. Há quem comece de uma maneira e há quem comece de outra. E, quando nos damos conta, afinal já começámos. Olhamos aqui para cima e já lá vão umas quantas linhas escritas sem que déssemos por isso. Assim, sem tirar nem pôr.